"O que temos perdido nesta cultura é um sentido de reverência. Creio que quando reivindicarmos nosso sentido de reverência m relação a menstruação, ao sangue, aos ciclos da lua, a nossa fertilidade, às incríveis mudanças que ocorrem em nossos corpos, seremos capazes de reivindicar também o nosso sentido de reverência ao universo, porque pra mim o ciclo menstrual é um microcosmo do universo. Por isso, em vez do nosso amante ser posto de lado pela menstruação, ele deve se curvar perante ela a partir de cada célula, com um profundo sentimento.
Uma maneira de recriarmos esse sentido de reverência no mundo natural é realizando rituais, seja sozinhas ou coletivamente. Creio que é por não termos rituais de puberdade que por algum modo permanecemos adolescentes. Deve haver uma razão para as culturas possuírem ritos de puberdade. Encaro os rituais e os ciclos como oportunidades de se deixar as coisas seguirem seu caminho, de se renovarem e purificarem. Todos os rituais estão relacionados a deixar ir o velho e abrir espaço para o novo, porque vivemos em um planeta de ciclos. Por isso, a menstruação é tão importante quando reivindicamos o ciclo natural da vida neste planeta ." (do livro "Seu sangue é ouro" de Lara Owen)
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